◉ Por BEJA SANTOS ||| A pandemia veio a suscitar, com caráter de permanência, a nossa atenção para medidas estritas de higiene e de desinfeção. A questão não é nova, recordo as preocupações, há poucos anos atrás, com o contágio da Gripe A; mas há também as chamadas de atenção para a prevenção das infeções e a alteração dos comportamentos no tratamento das pequenas lesões e dos ferimentos ligeiros. A situação não se confina somente às nossas casas, nos hospitais e outras instituições de saúde os antisséticos são muito usados porque existe o risco potencial da infeção nosocomial, havendo que a controlar com substâncias químicas que destruam ou inibam o crescimento desses meios de infeção. Veja-se como nas farmácias se desinfetam as superfícies, sobretudo as da área de atendimento, onde é maior o contato e onde os utentes têm maior possibilidade de se contagiar. Mas convém distinguir alguns conceitos. Limpar não é o mesmo que desinfetar e desinfetar não é o mesmo que esterilizar. De há muito que se sabe a importância de uma correta lavagem das mãos como o primeiro marco no controlo das infeções. Lavar é remover a sujidade, e a higienização das mãos é a medida mais importante para diminuir o risco de transmissão de uma infeção de uma pessoa para outra. Desinfetar permite destruir a maior parte dos microrganismos; os desinfetantes são substâncias suscetíveis de eliminar ou matar por ação direta os microrganismos indesejáveis ou de inativar os vírus. Tem toda a vantagem em conversar com o seu farmacêutico acerca da composição do produto que se vai utilizar, conhecer e respeitar a dose e saber como se manuseiam os desinfetantes de acordo com as circunstâncias, como, também, ter em conta que não se devem misturar antisséticos para o tratamento das mesmas feridas.
Por último, temos a esterilização, que é a forma mais eficaz de destruir os microrganismos; recorre-se ao calor, às radiações ionizantes e a outros processos, mas este método não é recomendável para aquelas situações que têm a ver com os males ligeiros que são tratados com medicamentos ou produtos indicados pelo farmacêutico. Este profissional de Saúde terá o cuidado de recomendar a aplicação de um antissético em casos justificados (por exemplo, em caso de feridas sujas, extensas ou com sinais de inflamação) e alertará para o tempo útil destas substâncias (a maioria dos antisséticos não deve ser usada mais de sete dias, depois de aberta a embalagem). Por rotina, os produtos antisséticos estão desaconselhados. No atual contexto da Covid-19, é imperiosa a participação de todos na contenção da pandemia. As mãos são dos mais importantes veículos de transmissão de micróbios, sejam eles bactérias, vírus, e outros causadores de doenças. Tocar com as mãos contaminadas no nariz, na boca ou nos olhos permite que o vírus entre no organismo indo causar a doença. É assim justificada a necessidade de manter mãos e superfícies limpas e desinfetas a todo o momento. Importa também destacar que, a par da desinfeção, faz todo o sentido manter a saúde e o bem-estar da pele, procurando na farmácia produtos menos agressivos e mais seguros. UA-48111120-1
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