Por Mário Beja Santos ||| Dás pelo nome de hipertensão, és a pressão arterial, a força que o sangue exerce quando passa nos vasos sanguíneos. Quando aumentas a pressão passa a hipertensão. És um dos maiores problemas de Saúde Pública em todo o mundo, há um sem-número de doentes cuja hipertensão não está controlada o que a transforma num dos principais fatores de risco cérebro-cardiovascular, e não só. Evoluis sem sintomas e os teus danos instalam-se de forma silenciosa em órgãos como o coração, os rins, os olhos, os pulmões, o cérebro. Tens o poder de interferires na doença cardíaca, no AVC, na insuficiência renal. Para impedir as tuas intromissões, há que medir com regularidade a pressão arterial, manter um regime alimentar equilibrado, reduzir o consumo de sal e moderar o consumo de álcool e café, não deixando de praticar atividade física adequada ao estado de saúde.
Pesas que te fartas nas despesas de saúde, a necessidade de tomar medicação para te controlar é um imperativo. Há quem pergunte como podes ser silenciosa, o que nos remete para a tensão arterial, a força que o sangue exerce sobre as paredes das artérias pelas quais circula. É dentro desse circuito fechado que o sangue transporta o oxigénio e os elementos nutricionais destinados aos vários órgãos e tecidos do organismo e recolhe os produtos do metabolismo. Tu podes baralhar as coisas, andar para ali acelerado elevando a pressão sob as paredes, e começas a complicar a vida de toda a gente. Uma pedra preciosa da literatura luso-guineense: Amadu Dafé consagra-se como grande escritor23/9/2022
Por Mário Beja Santos ||| A obra intitula-se A Cidade Que Tudo Devorou, por Amadu Dafé, Nimba Edições, 2022. O escritor já dera sinais de uma intensa singularidade com outro livro de denúncia, Ussu de Bissau, a revelação do tráfico sexual e de escravatura juvenil, a pretexto de educação religiosa num país estrangeiro. Agora, tem como cenário devastador a cidade de Bissau, mune-se de uma escrita onde sobressai um crioulo aprimorado, uma arquitetura literária onde se intercalam processos de realismo mágico onde avultam irans, poilões, florestas sagradas, fantasmagorias, a par de episódios de extrema violência, onde é plausível assassinar um presidente da República, um ministro, um deputado poeta, intermediários da droga, altas patentes das Forças Armadas.
A que se deve este título? O investigador António Duarte Silva refere num dos seus trabalhos como Amílcar Cabral temia que após a independência a elite dirigente do PAIGC cedesse aos confortos da cidade, seria uma devoradora dos sonhos da luta, como aconteceu, assenhorearam-se das casas, locupletaram-se com dinheiros, quiseram carros topo de gama, esqueceram o interior, engendraram o desgoverno onde falta a eletricidade, o ensino, a saúde, o património cai aos bocados e jamais se perde a tentação do golpismo ou a fossanguice. Abertura da Noite Verde em Marco de Canaveses
- 15 a 18 de setembro com muitas atividades, gastronomia e artesanato durante todos os dias - A Festa dos Bons Petiscos decorre no Parque da Cidade Município do Marco de Canaveses Quem não puder ir ao local para acompanhar ao vivo, pode ver a transmissão, em direto, da SPORT TV.
#Baião #GPMotonauticaF2 #Ribadouro Município de Baião Marco de Canaveses organiza a segunda edição da Noite Verde nos dias 15, 16, 17 e 18 de setembro, depois do interregno de dois anos da pandemia.
Evento promovido pela autarquia pela primeira vez em 2019, o programa de animação deste ano inclui a Festa dos Bons Petiscos, uma concentração motard, um desfile de moda, um concurso pecuário, patinagem artística, uma mostra de artesanato, uma mostra de vinhos, arruada e despique de bombos, além de diversões, concertos e fogo de artifício. Artur Pastor, (talvez o mais) eminente cartógrafo-fotógrafo de um Portugal em reminiscência2/9/2022
Por Mário Beja Santos ||| Visitei em agosto de 2014, no pavilhão preto do Museu da Cidade de Lisboa, a exposição “Portugal de Artur Pastor”, conhecia-lhe algumas imagens, senti-me embasbacado pelo seu génio, folheei os seus livros, é graças a estes memoráveis registos que hoje dispomos de uma quantidade fabulosa de imagens de um Portugal agrícola e piscatório desaparecido ou reformulado; o fotógrafo reteve paisagens, fainas, momentos de religiosidade, usos e costumes, praças e avenidas, o preto e branco é a tonalidade favorita, mas não deixa de fascinar o modo como ele manipulou a cor, em tudo foi um mestre , intuitivo no disparo instantâneo, no momento certo, aproveitando galas encenadas, caso da visita de Isabel II a entrar no Cais das Colunas em 1957; a Nazaré nas suas mãos para sempre ficou mítica, como Évora ou o Algarve, incluindo um dos seus derradeiros trabalhos, a visita à Expo 98. Enfim, é o grande cronista fotográfico de três décadas (o cume de uma peregrinação territorial impressionante), embora tenha trabalhado por 60 anos, percorrendo o interior e os meios urbanos, pondo ênfase na dureza e no risco aonde vamos buscar a nossa alimentação, mostrando artífices a fabricar rolhas ou a fundir guizos, como soberbas são as imagens que nos deixa da Estação Agronómica Nacional. É um todo, um retrato do país que ele percorreu de lés a lés, sem rival.
|
AutorEdição Mais Norte Categorias |