Por Mário Beja Santos ||| Os nossos pés são uma verdadeira obra-prima: cada um deles, com os seus 26 ossos, 19 músculos e 107 ligamentos está concebido para fazer de nós seres que podem caminhar ou estar sentados, andar sobre superfícies demasiado duras ou moles. Uma grande parte dos tormentos a que sujeitamos os nossos pés decorre do uso de calçado inapropriado. Os saltos acima de 2 cm podem provocar mal-estar e há muitos mais exemplos. Isto para dizer que devemos saber estabelecer uma relação harmoniosa entre o que calçamos e como andamos. Encurtando razões, evite sapatos muito bicudos e estreitos, podem ser responsáveis por joanetes. É recomendação universal que devemos usar calçado de couro macio para o pé respirar; de sola maleável para permitir um caminhar normal; de bordo interno retilíneo, para não forçar o dedo grande; de biqueira redonda, correspondente ao leque formado pelos dedos. Há muitos problemas com os pés e dão por diferentes nomes: o pé de atleta é uma infeção fúngica em que a pele fica inflamada e avermelhada (se andar descalço em balneários, piscinas e ginásios, poderá contrair esta micose); as micoses das unhas manifestam-se por unhas endurecidas e grossa, evitam-se com bons hábitos higiénicos, como lavar diariamente os pés, não andar descalço em pisos húmidos, etc; os calos são provocados sobretudo pelo uso de calçado inapropriado, para os evitar é essencial o uso de calçado que não seja apertado e que tenha espaço suficiente para os dedos. Outro sofrimento são as unhas encravadas, resultantes de calçado apertado ou de mau corte da unha, que faz com que esta fique arredondada e cresça de forma incorreta para o interior do dedo; as deformações nos dedos podem, em grande parte, ser prevenidas pelo uso de calçado confortável, e estas deformações dão por nomes como: dedo-martelo, dedo em baqueta, dedo em guerra, em todas estas situações deve consultar o mais rapidamente possível um especialista.
Para além de consultar o podólogo, faz todo o sentido em conversar com o seu farmacêutico, ele é regularmente confrontado com doentes que sofrem problemas de problemas dos pés e que lhe pedem conselho: podem sofrer de hiperidrose (excessiva produção de suor), de joanetes, de micoses, ele pode ajudá-lo referenciando propriedades de cremes e pós antitranspirantes. Não esquecer o pé diabético, que é de extrema gravidade, exige cuidados especiais, já que o diabético tem perda de sensibilidade e deve observar diariamente os pés, ser exigente na escolha do calçado, muito disciplinado na higiene e deve estar informado que o aparecimento de qualquer pequena ferida num pé obriga a uma consulta médica imediata, o diabético não deve trata-la pelos seus próprios meios. O farmacêutico colabora com os doentes diabéticos contribuindo para o controlo do açúcar no sangue e pode ser-lhe útil dando-lhe documentação obre o elementar dos cuidados com os pés, a importância da hidratação ou do corte correto das unhas. UA-48111120-1
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