Por BEJA SANTOS - 

Políticos, militares, missionários e diplomatas são as principais categorias de pessoas que se acometem à função memorial, os presentes e os futuros deverão a seu tempo saber porque agiram assim, como privaram com outros mais ou menos poderosos do mundo; como fizeram a guerra e até praticaram o heroísmo, mencionando-o veladamente para não diminuir aos olhos do público a desmesura de tais atos; como iluminaram com a sua fé o gentio e como foram iluminados pelo sopro divino, e sofreram sacrifícios medonhos por áfricas, américas e ásias; como ajudaram a fazer tratados de paz, olharam de frente a pesporrência ou a magnitude dos líderes, ouviram confissões, assistiram à ganância dos partidos, substituindo estes intermediários da diplomacia na voracidade do poder.

As memórias diplomáticas podem ser peças importantes em articulação com a história diplomática, ajudam a melhor compreender os supremos decisores no tempo, no lugar, no olho do furacão, nos meandros das negociações melindrosas, por vezes determinantes para a consolidação dos Estados.