POR BEJA SANTOS - Há três nomes indispensáveis, na literatura portuguesa do século XX, para estudar a essência do castiço e do vernacular: Aquilino Ribeiro, Tomaz de Figueiredo e João de Araújo Correia. Perde-se muito por estes três nomes não serem praticamente conhecidos pelas novas gerações. Foram três operários laboriosos no levantamento, de acordo com as regiões observadas nas suas obras, de vocábulos de um mundo rural que hoje desapareceu; deixaram-nos o registo mais espantoso de usos e costumes do Norte do país, da fidalguia e do povo, dos produtos da terra, da arreigada religiosidade do povo, e escreveram como nunca mais se voltará a escrever, com um desvelado encanto. Por Beja Santos – O jornal O Público, na sua edição de 4 de Março, noticiava uma penhora das finanças de alimentos doados por hipermercados à IPSS O Coração da Cidade, alimentos destinados a famílias carenciadas. Esta IPSS distribui cerca de 2500 quilos de alimentos por cerca de 600 famílias. Em causa uma dívida relacionada com portagens que tem sido alvo de críticas pela sua falta de lógica, como refere a notícia: “Cada pórtico instalado nas SCUT corresponde a um processo de cobrança coerciva, pelo que a mesma viagem pode dar origem a diversos processos. Num processo de contraordenação com uma taxa não paga de 0,45 euros, por exemplo, a coima mínima é de 25 euros. Com taxas administrativas, custas processuais e juros de mora, pode acabar por ultrapassar os 100 euros”. A presidente de O Coração da Cidade é categórica: “Não pago, somos uma associação de voluntários, não temos dinheiro. Penhorar alimentos doados a quem tem fome. Isto é caricatura de um país”. |
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Junho 2016
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