OPINIÃO DE Beja Santos – As ciências da ecologia cedo se impuseram pelos seus apelos à ética e à responsabilização. Quando, no início dos anos 1960, Rachel Carson denunciou os perigos de pesticidas como o DDT, com o seu best-seller “Primavera silenciosa”, estava não só a lançar as bases científicas das ciências do ambiente como a despertar uma nova dimensão da cidadania que foi gradualmente manifestando-se nos longos e intensos debates sobre a globalização positiva ou negativa, o consumo ético, o consumo responsável, a responsabilidade social, o comércio justo, o bem-estar animal, os financiamentos sustentáveis e a banca ética, o desenvolvimento sustentável, em suma. Assim se foi enveredando pelo paradigma ambiental e a considerações sobre o bem que podemos fazer para melhorar a nossa relação com os outros e o planeta: não maltratar e praticar um altruísmo eficaz, tese muito cara ao pensador Peter Singer, patente no seu último título aparecido em Portugal “O maior bem que podemos fazer”, por Peter Singer, Edições 70, 2016, Neste seu último livro, Singer retoma o tema de obrigação de ajudar num contexto de movimento social, e designa esta corrente por altruísmo eficaz, que ele assim categoriza: “O nosso ver fundamental consiste em fazer sempre aquilo que resulte nas melhores consequências – e as melhores consequências, por sua vez, correspondem sempre àquela situação em que há um maior bem-estar global”. Trata-se de um ensaio onde se discreteia sobre como devemos fazer o maior bem que podermos. |
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Junho 2016
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