Por BEJA SANTOS - Autor prolífico, com uma plasticidade que abarca o romance, a novela, o conto, o teatro e o ensaio, Mário de Carvalho possui um talento raro para observar o quotidiano, domina plasticamente, e dentro do mesmo discurso narrativo, a farsa, o burlesco, o pícaro, toca todas as teclas da emoção e radiografa com agudeza e pilhéria o mundo em que vivemos. Tenho para mim que a sua obra-prima é “Fantasia para dois Coronéis e uma piscina” que recentemente a Porto Editora reeditou, e que se revela como o mais inconfundível testemunho de uma era conhecida pelo cavaquismo, o tempo eufórico das autoestradas, da casa secundária, do triunfo do pato bravo, é o tempo dos fundos europeus e daquela mansidão em que a prosperidade (mais ilusória do que real) tinha tomado conta de nós. Por BEJA SANTOS - Percorrer Lisboa sobre o signo da arqueologia decifrada tem muitos aliciantes, permite novos olhares sobre o Castelo de S. Jorge, os vestígios do Teatro Romano, a Muralha de D. Dinis, a Muralha Fernandina, aprender a passear com o sentido da descoberta de uma história envolta na Lisboa à beira-rio e entrar no WC do Largo da Sé para descer ao passado, mas há mais, muito mais à nossa espera, como abona o livro “Segredos de Lisboa, Vestígios arqueológicos surpreendentes sob as ruas da capital portuguesa”, por Inês Ribeiro e Raquel Policarpo, A Esfera dos Livros, 2015, um estimulante guia para percorrer Lisboa a partir do subsolo. Estas duas jovens arqueólogas trazem novas propostas para conhecer e melhor compreender a história de Lisboa através de vestígios arqueológicos que se podem situar no Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros, no Claustro da Sé de Lisboa, o livro ajuda a interpretar o que resta do Palácio dos Marqueses de Marialva que se situava, grosso modo, onde está hoje o Largo de Camões e passear com outros olhos nos Reservatórios da Mãe d’Água das Amoreiras e da Patriarcal, isto para já não falar no belo passeio que podemos dar na Ribeira das Naus. |
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Junho 2016
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