BEJA SANTOS – Uma das figuras emblemáticas de investigação e de divulgação de Eça de Queiroz, com mais de 30 títulos publicados, A. Campos Matos afoita-se agora a uma experiência ficcional que acaba por se constituir como um achado literário e a transcurso histórico impressionante: “Diário Íntimo de Carlos da Maia (1890-1930)”, por A. Campos Matos, Edições Colibri, 2014. Do bairro queirosiano, o investigador lança-se temerário ao dar vida à personagem cimeira de Os Maias, Carlos da Maia, coloca-o em Paris, está com 35 anos nesse tempo do Ultimato Inglês, Carlos faz jus ao curso que tirou e especializa-se num hospital consagrado, Hôtel-Dieu. A ficção ganha foros de plausibilidade: Charcot dava aulas na Sorbonne, Sigmund Freud assistia às suas aulas, Maupassant também está presente. Carlos da Maia não parece nada arreliado com o desenho que essa fez da sua pessoa, é admirador incondicional do seu criador. São inúmeras as figuras da cultura que atravessarão este diário forjado, caso de Antero, Camilo, Teixeira Gomes, Oliveira Martins, Aquilino Ribeiro, Tolstoi, Balzac, Romain Rolland, José Régio, António Sérgio… |
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Junho 2016
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