HOSPITAL DO TÂMEGA E SOUSA: Autarcas recebidos sexta-feira pelo secretário de Estado da Saúde7/5/2014
Os autarcas do Tâmega e Sousa vão ser recebidos sexta-feira, 09 de maio, pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, a quem vão apresentar a contestação da região pela desclassificação do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) contida na portaria 82/2014, de 10 de abril, o que poderá implicar a perda de cerca de uma dezena de valências.
Entre as especialidades que podem ser desactivadas, se cumprida a portaria, está a maternidade (com a extinção da obstetrícia e neonatologia), cirurgia vascular, cirurgia reconstrutiva e ainda a urologia, entre outras, de menor impacto para os utentes. O Tâmega e Sousa perdeu mais de um terço dos partos em apenas uma década e é uma das razões porque a maternidade da região corre o risco de desaparecer a curto prazo, como deixa antever a polémica portaria de reclassificação hospitalar que o Governo publicou há dias e quer implementar até ao fim de 2015. Os números não enganam: nos anos de 2002 e 2003, as duas maternidades da região – Padre Américo, em Penafiel e S. Gonçalo, em Amarante – registaram 3780 e 3692 partos, respetivamente. No ano passado, a maternidade do Centro Hospitalar assistiu apenas 2354 nascimentos. Menos 1426 partos que em 2002!
A região do Tâmega e Sousa, que corresponde à NUT III, tem agora uma fragilidade importante, expectável desde que em 2013 o Município de Paredes (com 86.854 habitantes era o concelho mais populoso) saiu para a Área Metropolitana do Porto – perdeu um quinto da sua população total, ou seja, passou de 519.486 habitantes (Censos de 2011/ INE) para 432.915, como a página oficial da CIM também confirma.
Mapas do Tâmega e Sousa: com e sem Paredes | A região perdeu quase 87 mil habitantes O presidente da Câmara de Gaia disse esta quinta-feira à tarde que tem “a garantia do Governo” de que a portaria que reclassifica os hospitais adstritos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) “vai ser revogada”.
A confusão gerada pela portaria sobre a reorganização hospitalar continua. Agora é o porta-voz do PS para a área da saúde, Álvaro Beleza, que defende a urgente “revogação” da portaria que deixou o país, autarcas incluídos, à beira de um ataque de nervos. Entretanto, os autarcas do Tâmega e Sousa acusam a tutela da saúde de querer desviar utentes para as unidades do Porto e pediram uma audiência urgente à ARS Norte.
"Esta portaria revela que não há conhecimento do terreno, do que se passa no país. Os hospitais não são todos iguais e não se podem nivelar todos exatamente da mesma maneira", afirmou Álvaro Beleza, citado pela Lusa, que terça-feira visitou o Centro Hospitalar de Gaia e a Unidade de Valongo do Centro Hospitalar de São João. |
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