Deputados e autarcas do PSD de Vila Real anunciaram segunda-feira que o recomeço das obras na autoestrada Túnel do Marão vai permitir a contratação de mais de 800 trabalhadores, integrados em 89 empresas e em que quase centena e meia deles são quadros superiores. No documento distribuído, os sociais-democratas afirmam ainda que a conclusão da obras - dividida em três empreitadas, com uma extensão de 26 quilómetros, entre Amarante e Vila Real – “gera impactos diretos na economia local, nomeadamente ao nível da restauração e alojamento”. O primeiro-ministro voltou hoje a prometer o arranque do IC35 até ao final do ano, pelo menos o primeiro troço de quatro quilómetros, promessa que já tinha sido avançada aos autarcas do Tâmega e Sousa em abril deste ano, quando do anúncio do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas 2014-2020. “Estou confiante de que teremos condições, pelo menos, para resolver os problemas mais difíceis. Um deles vai ser já respondido com o lançamento do concurso para a ligação entre Penafiel e Rans. Estará em concurso até ao final deste ano”, declarou o chefe do Governo, citado pela Lusa. Passos Coelho falou sobre esta via reivindicada há muitos anos pelos autarcas da região precisamente ao visitar a Feira Agrícola do Vale do Sousa (Agrival), que abriu as portas na sexta-feira e decorre até domingo, 31 de agosto. O líder do Governo prometeu ainda a divulgação nas próximas semanas, sem as quantificar, da calendarização total da obra (uma variante à atual EN106, na foto), que ligará a cidade de Penafiel a Entre-os-Rios. TÚNEL DO MARÃO: OPWAY entregou garantia e está tudo encaminhado para obra recomeçar em setembro20/8/2014
Apesar da incerteza dos últimos dias, por causa da crise no Grupo GES, a Estradas de Portugal (EP) anunciou esta quarta-feira que a OPWAY Engenharia S.A entregou as cauções bancárias necessárias para poder assinar o contrato de empreitada do lanço poente (Amarante/A4 ao túnel), que lhe fora adjudicado pelo montante de 29,5 milhões de euros. O prazo para entrega da documentação terminava terça-feira, 19 de agosto, e a empresa teve de encontrar novas garantias bancárias, alegadamente prestadas pela CGD e pelo BCP, depois da intervenção do Estado no antigo banco BES, de que era uma das participadas através do Grupo GES e que levou à perda de valor da garantia que tinha apresentado ao concurso. Agora, espera-se que não se registem mais percalços e que as obras recomecem, quer no túnel quer nos dois laços adjacentes, no mês de setembro, mês considerado fundamental para que a obra seja concluída até 31 de dezembro de 2015, de modo a aproveitar todos os fundos comunitários aprovados para aquela obra. A Estradas de Portugal (EP) anunciou hoje ter adjudicado os acessos nascente e poente do Túnel do Marão, algumas horas depois de a Teixeira Duarte ter anunciado que ganhou a obra mais complexa (por 88 milhões de euros) – a conclusão do túnel, onde ainda falta escavar cerca de um terço dos 5,6 quilómetros de extensão.
Segundo revela o comunicado da Estradas de Portugal, o troço de 10 quilómetros da A4 ao túnel do lado poente – ligação à A4 em Padronelo, Amarante – foi adjudicado à empresa OPWAY Engenharia S.A., do Grupo BES, pelo valor de 29,5 milhões de euros. A construtora Teixeira Duarte anunciou esta terça-feira que lhe foi adjudicada a empreitada de conclusão do Túnel do Marão (no troço da autoestrada A4, entre Amarante e Vila Real), pelo montante de 88 milhões de euros, anuncia a empresa em comunicado. A adjudicação foi comunicada pela Estradas de Portugal e refere-se a um consórcio de duas das suas subsidiárias "TEIXEIRA DUARTE – Engenharia e Construções, S.A." e “E.P.O.S. – Empresa Portuguesa de Obras Subterrâneas, S.A.”. “O valor do contrato é de 88.099.873,47 euros e a data limite para a execução dos trabalhos é de 518 dias”, refere a informação da Teixeira Duarte, que para cumprir o prazo estabelecido tem de iniciar as obras ainda no mês de agosto. Os 518 dias é o tempo que medeia entre 01 de agosto e 31 de dezembro de 2015, data limite para que a Estradas de Portugal possa aceder aos fundos comunitários do quadro comunitário cessante, o QREN. O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, confirma a afetação de 200 milhões de euros a estradas da verba conseguida pelo Governo Português nas negociações com Bruxelas. E os critérios que defende para a sua utilização encaixam-se nas condições da estrada que na região do Tâmega e Sousa tem a prioridade máxima – a variante à EN106, entre Penafiel e Entre-os-Rios. Quer pela saturação que apresenta, por atravessar núcleos urbanos praticamente contínuos e também devido à elevada sinistralidade que regista nos últimos anos.
“Portugal vai ter 200 milhões de euros comunitários para gastar em estradas, mas o dinheiro só poderá ser aplicado nas ilhas ou em vias que promovam a competitividade”, disse o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional numa entrevista à Lusa. Estas condições, que Bruxelas impôs para libertar as verbas que o Governo português pretende aplicar em infraestruturas rodoviárias no âmbito do próximo ciclo de apoios comunitários, tecnicamente catalogada por “last mile” [a última milha], aplicam-se “como uma luva” à estrada que o Governo há muito promete construir nesta região do interior do Distrito do Porto: competitividade [áreas industriais de extração de granito], plataformas logísticas e portos [a grande parte do granito exportado sai pelo porto de Leixões]. |
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