O presidente da CCDR-N tem vindo a alertar os autarcas para as alterações na atribuição de fundos comunitários do quadro comunitário 2020, bem diferente dos anteriores, e também para o modelo de organização dos municípios, sugerindo mesmo o modelo organizativo da ANMP “vai em sentido contrário” com o seu agrupamento em torno das comunidades intermunicipais.

Para Emídio Gomes, que iniciou em agosto de 2013 um mandato de três anos, os autarcas estavam habituados a ter cerca de 70% de fundos do QREN para as intervenções físicas no território, leia-se equipamentos e afins, mas no novo quadro as verbas para essas intervenções serão reduzidas para 10 a 15 por cento. Há dias, numa intervenção no Porto, até gracejou com o seu futuro à frente da CCDR Norte: “Quando os autarcas perceberem isto, vão pedir a minha demissão”.

O presidente da instituição lembrou que os próximos fundos comunitários destinam-se a sustentar o emprego, às PME, à investigação, à mobilidade e à aprendizagem contínua. E reiterou que um dos problemas do Norte é o elevado desemprego, pelo que a retenção de emprego é a prioridade.

Recentemente, em Amarante, o presidente da CCDR Norte também alertou os autarcas para o seu modelo organizativo (Associação Nacional de Municípios Portugueses) que “vai em sentido contrário” com o seu agrupamento em torno das comunidades intermunicipais (CIM).