PORTO DE LEIXÕES: Novo porto de pesca vai ter cinco molhes e capacidade para 100 embarcações11/8/2014
Paquetes, traineiras e contentores vão ser vizinhos na zona sul do porto de Leixões. A futura coabitação resultará do projeto da APDL para a criação de um novo terminal de contentores “junto ao porto de pesca” e não muito longe do novo terminal de passageiros. “Conseguimos criar aí 750 metros de acostagem com fundos a menos 14 metros, o que nos dá dois a três postos de acostagem para os navios maiores, com a vantagem de ficar logo à entrada do porto”, afirma Brogueira Dias, asseverando que os pescadores podem estar sossegados. “O nosso projeto para o porto de pesca foi ver se havia solução para ele. E ele vai ser totalmente reformulado. Tem três molhes e nós vamos construir cinco. Estão registadas cerca de 80 embarcações de pesca e no estudo que fizemos garantimos 100 postos de acostagem”, afirma o mesmo responsável. “A nível mundial toda a gente nos puxa as orelhas porque os portos de pesca estão a definhar, mas achamos que era o mínimo que poderíamos fazer e as condições serão todas também renovadas”, preservando também a “ligação umbilical” com Matosinhos. Nova marina para iates oceânicos Leixões vai ter um segundo porto de recreio. “É um subaproveitamento do novo terminal de cruzeiros, cujo cais deixa por dentro uma meia-lua sem nenhuma utilidade”, explica Brogueira Dias. “Há um setor de iates oceânicos, que passam ao largo e vão de Baiona (Galiza) para o sul. Quando muito param em Lisboa pontualmente. Há pouca oferta nesta frente atlântica e a intenção é criar aqui um polo mais virado para navegação oceânica de iates já com alguma dimensão. Já tem as infraestruturas todas. Falta arranjar o parceiro para a sua exploração”, que será escolhido através de um concurso que a APDL tenciona lançar em 2015. Na margem norte do porto, recorde-se, existe já uma pequena marina local. É utilizada por quatro clubes e serve ainda de “garagem” para alguns velejadores. A nova gare de passageiros “é uma obra delicada”. “Aquilo está fundado em cima de estacaria”, salienta Brogueira Dias, acrescentando que “as estacas, no início, tiveram que funcionar ao contrário, porque, como tinha muito volume metido debaixo de água, a impulsão obrigou-as a funcionar como se fossem tirantes, para segurar o edifício”. A Universidade do Porto acordou com a APDL instalar aí um polo de ciência e tecnologia do mar, que irá ocupar “cerca de 40%” do novo edifício e movimentar perto de 200 investigadores. “Foi feito um contrato de concessão por 50 anos e a Universidade paga uma renda relativamente a isso. Mitiga um bocadinho as dificuldades também de investimento, contribuindo para a sustentabilidade do investimento”. Leixões e o aeroporto Francisco Sá Carneiro avaliam possível “oferta conjunta” O presidente da APDL disse à Mais Norte que tem havido “conversações com o aeroporto” que têm como objetivo “uma oferta conjunta de mercadorias e de passageiros”. “Podemos dizer que em passageiros somos uma peça minúscula dentro do movimento de milhões que faz o aeroporto, mas a verdade é que tem peso”, observou. Leixões impera na carga. “Fazemos mais ou menos 17,3 milhões de toneladas de carga movimentada (valor relativo a 2013)”, contra, por exemplo, quatro milhões de Vigo. “Foi o máximo que tivemos até hoje. Se formos ao aeroporto são 20, 30 ou 40 mil toneladas de carga, são coisas muito mais débeis”, mas são complementares. A perspetiva de uma oferta conjunta de logística de transporte de mercadorias e de passageiros baseia-se na proximidade entre as duas infraestruturas. Separa-as cinco quilómetros, aproximadamente. “É uma lógica de área metropolitana”, conclui Brogueira Dias. Os deputados socialistas na Comissão de Transportes pediram esta quarta-feira ao Governo a suspensão do processo de concessão da Metro do Porto a privados. Os parlamentares alegam que há "dúvidas e incertezas" no processo de concessão a privados e por isso pedem que seja suspensa.
Os parlamentares do PS recomendam ainda ao executivo PSD/CDS que seja tentada uma solução de diálogo “com os trabalhadores, autarcas da região e empresas públicas envolvidas”, de modo a garantir “a continuidade do serviço público de transportes com eficiência e racionalidade". Portugal conseguiu assegurar em Bruxelas cerca de 200 milhões de euros para projetos de pequenos troços rodoviários no acordo de parceria com a Comissão Europeia, que define as regras de utilização dos fundos comunitários até 2020 e que atingem o total de 21 mil milhões de euros.
Apesar de não se conhecerem muitos pormenores, nem que estradas o Governo vai construir, foram removidos alguns obstáculos que Bruxelas colocava à utilização de uma pequena parcela do financiamento comunitário 2014-2020 na construção de pequenos troços de ligação a áreas de acolhimento industrial ou que finalizem vias estruturantes – a chamada “last mile” [a última milha]. O concurso para a concessão a privados das operações do STCP e do Metro do Porto foi lançado esta quinta-feira pelo Governo. O concurso não oferece indemnizações compensatórias, ao mesmo tempo que exige garantias mínimas de serviço público. Limita, ainda, os futuros aumentos das tarifas à taxa de inflação.
Segundo o ministro da Economia, António Pires de Lima, citado pela Lusa, o Governo espera poupar 13,5 milhões de euros em indemnizações compensatórias com estas concessões em 2015. TÚNEL DO MARÃO: Obras terminadas depois de 31 de dezembro de 2015 perdem fundos comunitários16/7/2014
O atraso na adjudicação das três empreitadas para concluir a autoestrada Túnel do Marão – os concursos foram lançados em 28 de fevereiro – poderá provocar a perda de fundos comunitários que tinham sido destinados àquela obra, parada há dois anos por abandono do concessionário. Ou seja, toda a obra que seja concluída após o última dia de 2015 perde a comparticipação comunitária, sendo suportada integralmente pelo Estado português.
O MaisNorte.pt apurou, junto de fonte conhecedora do processo, que apenas os autos aprovados naquela obra até 31/12/2015 – além da conclusão do túnel, foram criadas duas empreitadas de ligação à A4 – lado poente, Amarante e lado nascente, Vila Real – receberão a comparticipação comunitária. |
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Outubro 2016
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