TÚNEL DO MARÃO: Obras terminadas depois de 31 de dezembro de 2015 perdem fundos comunitários16/7/2014
O atraso na adjudicação das três empreitadas para concluir a autoestrada Túnel do Marão – os concursos foram lançados em 28 de fevereiro – poderá provocar a perda de fundos comunitários que tinham sido destinados àquela obra, parada há dois anos por abandono do concessionário. Ou seja, toda a obra que seja concluída após o última dia de 2015 perde a comparticipação comunitária, sendo suportada integralmente pelo Estado português. O MaisNorte.pt apurou, junto de fonte conhecedora do processo, que apenas os autos aprovados naquela obra até 31/12/2015 – além da conclusão do túnel, foram criadas duas empreitadas de ligação à A4 – lado poente, Amarante e lado nascente, Vila Real – receberão a comparticipação comunitária. Como a adjudicação dos troços de ligação à A4 está a aguardar a fase de reclamações dos concorrentes, que têm um prazo de construção previsto de 450 dias, presume-se que com alguma aceleração de obra ainda será possível concluí-la até à data limite.
Mais difícil será a conclusão do túnel até 31 de dezembro do próximo ano, que tem um prazo de construção de 518 dias. A ter em conta o prazo seria necessário que as obras no terreno começassem até 01 de agosto, o que parece difícil. Propostas inferiores ao preço-base A proposta melhor posicionada para ganhar a conclusão do túnel do Marão é a do consórcio Teixeira Duarte/EPOS, por 88,1 milhões de euros, bem inferior ao preço-base de 110 milhões (ainda assim, não foi a proposta mais baixa (82,44 M€), a crer nas informações do Diário Económico. A crer nos relatórios preliminares e nas informações dos jornais de economia, a construção da A4 do lado poente do túnel deverá ser adjudicada ao consórcio Lena/Ferrovial (28,8 M€) e do lado nascente à empresa Opway, que apresentou uma proposta de 29,47 M€. Os preços-base no concurso destas duas empreitadas eram de 43,5 M€ e 48 M€, respetivamente. A acrescer às reclamações de concorrentes, que sempre ocorrem neste tipo de concursos, existe ainda o problema de a Opway ser uma empresa do universo empresarial do Grupo Espírito Santo (GES/BES), que está a braços com uma crise financeira grave. Se os atrasos nos processos não se alongarem muito mais, a adjudicação destes concursos deverá ocorrer entre o final de julho e o mês de agosto. Depois de os contratos serem aprovados pelo Tribunal de Contas, seguir-se-á a consignação, prevista para Setembro. As obras deverão arrancar no terreno em outubro e estar concluídas até ao final de 2015. Se os planos de trabalho das três empreitadas forem acelerados, pode ser que os consórcios ainda consigam entregar as obras até à data limite. Contudo, a própria Estradas de Portugal, nas últimas informações divulgadas, já indica que a entrada em serviço da totalidade da autoestrada A4, entre o Porto e a fronteira de Quintanilha (Bragança) terá lugar “no início de 2016”, sem precisar uma data. UA-48111120-1
Os comentários estão fechados.
|
Categorias
Tudo
Arquivo
Outubro 2016
COLUMN WITH BACKGROUND COLOR |