![]() O primeiro-ministro voltou hoje a prometer o arranque do IC35 até ao final do ano, pelo menos o primeiro troço de quatro quilómetros, promessa que já tinha sido avançada aos autarcas do Tâmega e Sousa em abril deste ano, quando do anúncio do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas 2014-2020. “Estou confiante de que teremos condições, pelo menos, para resolver os problemas mais difíceis. Um deles vai ser já respondido com o lançamento do concurso para a ligação entre Penafiel e Rans. Estará em concurso até ao final deste ano”, declarou o chefe do Governo, citado pela Lusa. Passos Coelho falou sobre esta via reivindicada há muitos anos pelos autarcas da região precisamente ao visitar a Feira Agrícola do Vale do Sousa (Agrival), que abriu as portas na sexta-feira e decorre até domingo, 31 de agosto. O líder do Governo prometeu ainda a divulgação nas próximas semanas, sem as quantificar, da calendarização total da obra (uma variante à atual EN106, na foto), que ligará a cidade de Penafiel a Entre-os-Rios. Passos Coelho disse aguardar a conclusão do acordo entre o Governo e a Comissão Europeia sobre a aplicação dos fundos comunitários. “Precisamos ver muito bem, em face das regras que ficarem estabelecidas no acordo de parceria, em que medida nós podemos utilizar esse financiamento para poder completar algum do esforço que terá de ser assumido em termos nacionais pelo orçamento da Estradas de Portugal”, afirmou à Lusa.
Sem querer comprometer-se com o avanço total da variante à EN106, o primeiro-ministro afirmou: “Em vez de estarmos aqui a anunciar que vamos avançar com o IC35, prefiro dizer, junto de todos os senhores presidentes de câmara desta região, que iremos muito brevemente divulgar o tipo de intervenção que podemos fazer.” Os estudos económicos sobre o custo deste troço do IC35 entre Penafiel e Entre-os-Rios apontavam um montante superior a 100 milhões de euros quando tinha perfil de autoestrada e estava integrado na Concessão Vouga. Mais tarde, foram feitas alterações de traçado – deixou de ter 2x2 vias em cada sentido – que reduziram aquele montante para cerca de 60 milhões de euros, mas no plano estratégico apresentado a Bruxelas o Governo apontava uma verba de apenas 23 milhões de euros para a construção da variante, investimento que poderia ser financiado em 18 milhões pela União Europeia. Ou seja, como as verbas foram sendo substancialmente reduzidas não se sabe, em concreto, que troços serão construídos naqueles 12 quilómetros ou que tipo de intervenção será executada na futura variante à saturada EN106, uma estrada que atravessa importantes aglomerados urbanos do concelho de Penafiel e que por via disso apresenta uma taxa de sinistralidade muito elevada. É mesmo considerada uma das estradas com mais acidentes do Distrito do Porto. UA-48111120-1
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Outubro 2016
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