O Governo PSD/CDS insiste na construção das chamadas “barragens inúteis” lançadas pelo Governo de José Sócrates, que são as novas PPP (parcerias público-privadas), como acusam os ambientalistas. Apesar de recentemente ter sido anunciado que os empreendimentos hidroelétricos da bacia do rio Tâmega seriam adiados devido a dificuldades de financiamento e de programação das linhas da rede elétrica, o ministro da Energia, Jorge Moreira da Silva, veio agora à região anunciar o arranque das três barragens do Alto Tâmega (da Iberdrola) e da celebração do contrato para a construção da de Fridão (da EDP) já em setembro.
Estes anúncios surgem numa altura em que aumenta a contestação à construção da barragem de Foz Tua, considerada também “uma inutilidade” pelas associações defensoras do ambiente e ainda pelos produtores de vinho do Douro e figuras públicas de diversos quadrantes. “A EDP está a construir no rio Tua uma barragem que custará 1.700 milhões de euros (duas pontes Vasco da Gama), para uma produção eléctrica insignificante. Sabes porquê? É uma Parceria Público-Privada, quem paga és TU! São mais uns 450 € a começar a somar às TUAS próximas contas de electricidade. Pois é, esta será a TUA parte”, diz o texto da Campanha Salvar o Tua, Proteger o Douro. A multinacional do setor ótico GrandVision (que comercializa com a marca Multióticas) anunciou a construção de uma fábrica em Pedroso, em Gaia, que criará 90 postos de trabalho. O investimento supera sete milhões de euros, prevendo-se que a unidade comece a operar ainda em setembro.
O grupo que tem sede na Holanda e que se afirma líder europeia do retalho do setor ótico afirma, em comunicado, que a maior parte dos óculos graduados que serão feitos nesta fábrica serão “destinados à exportação”.
– Nova imagem gráfica também vai ser apresentada esta quinta-feira A Cooperativa Dolmen inaugura esta quinta-feira, em Amarante, um novo espaço promocional do território do Douro Verde. É o terceiro pólo da Dolmen – entidade gestora do ProDer nos concelhos de Amarante, Baião, Marco de Canaveses, Cinfães, Resende e parcialmente em Penafiel – que já tinha centros de promoção dos produtos locais em Baião e Marco de Canaveses, onde tem a sua sede. O novo Espaço Douro & Tâmega está instalado no piso térreo do edifício da Casa da Calçada, em pleno centro histórico de Amarante. Além da cerimónia de inauguração do novo espaço, a Dolmen apresentará também a nova imagem gráfica, o logótipo. No Espaço Douro & Tâmega serão comercializados produtos locais, sobretudo o artesanato e vinho verde. Comporta também uma delegação dos serviços técnicos e um centro de informação da Rota do Românico. Segundo a Dolmen, a abertura do novo espaço em Amarante “responde de forma mais abrangente à diversidade do território”. O Espaço Douro & Tâmega reforça “a aposta na promoção do território do Douro Verde, dos produtos locais deste espaço territorial, nomeadamente o Vinho Verde, e de informação turística quanto à oferta de alojamento, gastronomia e itinerários no património natural e patrimonial da região”. BARRAGEM DO TUA: Iniciativa dos produtores de vinho do Douro não consegue travar construção da EDP1/7/2014
A iniciativa de dezena e meia de produtores de vinho do Douro de enviarem uma carta à UNESCO a pedir a suspensão imediata da barragem de Foz Tua é altamente louvável mas ao mesmo incompreensível por essa posição estar a ser tomada numa altura em que a construção da barragem está numa fase de “não retorno”, ou seja, não tem mais condições de ser travada.
As mais recentes fotos da EDP sobre o empreendimento, que apresentamos, mostram a fase muito adiantada da obra. O paredão da barragem (e o seu coroamento) ficarão fechados dentro de poucos meses, como se pode comprovar pelas imagens, disponíveis no site “a nossa energia”. O que está acontecer no Tua ocorreu no Sabor anteriormente. Os protestos contra o aproveitamento que destruiu um importante vale – a barragem está quase concluída, devendo entrar em produção ainda este ano, segundo o site da EDP – foram sendo ouvidos quer antes quer durante a construção, mas o governo de José Sócrates sempre fez “ouvido moucos” aos apelos dos ambientalistas e das mais variadas figuras da sociedade portuguesa. |
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