![]() Nem o crescimento sustentado do número de turistas que visitam o Porto e Norte de Portugal, a afirmar-se cada vez mais “como um destino de referência”, demovem o presidente do Turismo de Portugal (TP) a recuar no corte do apoio à realização do rali de Portugal na região nortenha. Depois das muitas críticas recebidas de autarcas e de responsáveis institucionais, nomeadamente do presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal e da Federação do PS/Porto, o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, refutou as acusações de discriminação face à região Norte devido à não-concessão de apoio financeiro ao rali no próximo ano. O presidente do TP afirma que a decisão de não apoiar financeiramente o Rali de Portugal ou a prova de WTCC, no Porto, não tem a ver com a sua localização geográfica, argumentando que foi atribuído um apoio de 900 mil euros para a instalação da base da companhia aérea easyJet no aeroporto do Porto em 2015 e que essa estrutura vai proporcionar um aumento anual de 100.000 passageiros à região Norte a partir do próximo ano. Decisão teria sido a mesma
se rali se mantivesse no Algarve? "A decisão de não-concessão de apoio financeiro está alinhada com a estratégia de promoção definida para o destino Portugal, que passou a focar-se na comercialização, nomeadamente através da captação de rotas aéreas e de parcerias com operadores turísticos, e na adaptação da promoção externa ao 'marketing' digital, e que tem vindo a ser implementada nos últimos anos com resultados que todos consideram indiscutíveis", referiu o comunicado do Ministério da Economia. Em comunicado, a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ERTPNP) lembrou que, desde 2007, “o Turismo de Portugal apoiou a realização da prova no Algarve, contribuindo com um total de sete milhões de euros”, exigindo que agora que a mesma prova automobilística regressa ao Norte de País o Turismo de Portugal “tenha exactamente o mesmo tipo de atitude”. No comunicado assinado pelo presidente da ERTPNP, Melchior Moreira considera que a decisão do Turismo de Portugal “marginaliza e penaliza fortemente um destino turístico que é hoje uma importante referência em termos nacionais e internacionais, inclusive prestigiando a própria Marca Portugal”. Segundo os resultados do primeiro trimestre de 2015 do Instituto Nacional de Estatística (INE), o Porto e Norte de Portugal registou “um crescimento de 7% em termos de dormidas e de 4,4% em termos de proveitos globais no setor”, resultados que podem ainda considerar-se mais significativos por reportarem à época baixa e reflectirem um “crescimento consolidado”. Rali realizado no norte custa 3,8 milhões de euros O organizador da prova – Automóvel Clube de Portugal (ACP) – ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão do Turismo de Portugal, mas sabe-se que ainda antes desta recusa de apoio a organização fez saber que o rali custa mais meio milhão de euros por realizar-se no norte do país, devido ao aumento dos encargos da segurança da prova. Segundo o ACP, o rali de Portugal realizar-se-á no início de junho, será integralmente disputado a norte do rio Douro e tem um orçamento estimado em 3,8 milhões de euros. O Rali de Portugal terá passagens pelos municípios de Amarante, Baião, Caminha, Fafe, Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Ponte de Lima, Valongo, Viana do Castelo e Vieira do Minho, conjunto de autarquias que estabeleceram um protocolo de colaboração com a organização da prova. UA-48111120-1
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Outubro 2016
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