O secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, que é quem assina a polémica portaria sobre a reclassificação e reorganização dos hospitais, publicada na quinta-feira, veio afirmar esta sexta-feira “que nenhum hospital perderá os serviços no imediato” mas não nega que a aplicação da portaria será para fazer, tal como está nela escrito, até ao final de 2015. Manuel Teixeira adianta mesmo que no caso de encerramento de alguns serviços “os profissionais de saúde serão sempre integrados noutras unidades”.
Citado pela Lusa, o secretário de Estado observou que “não há nenhuma quebra de serviços imediata. O que existem são indicações estratégicas que o sistema vai ter de observar. Não é um quadro totalmente fechado, nem é para ter efeito imediato. Não há que haver preocupação". Manuel Teixeira acrescenta que os quadros que na portaria estabelecem as valências incluídas ou excluídas nos hospitais “têm ainda de ser integrados nos planos estratégicos das unidades hospitalares, podendo sofrer alterações”. Salientando que a portaria é uma das peças da reforma hospitalar e que os receios de autarcas e administrações hospitalares “não são justificáveis”, Manuel Teixeira afirma “que as reformas estruturais são feitas de forma progressiva” A portaria agora conhecida, a ser cumprida, dita o fim da cirurgia cardiotorácica no hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, e no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e ainda a perda de valências em muitos hospitais, nomeadamente os que dispõe de urologia, que passa a valência exclusiva dos hospitais de tipo II, os que têm cobertura populacional superior a meio milhão de habitantes. No caso do C.H. do Tâmega e Sousa, os autarcas da região já vieram contestar a reforma e aquela unidade poderá perder, entre outras, as valências de urologia, cirurgia vascular e medicina reconstrutiva. PS/Porto critica cortes impostos pela "troika" Também os socialistas do Porto, pela voz do seu líder distrital, criticaram a medida anunciada pelo Ministério da Saúde. José Luís Carneiro, citado pela Lusa, diz que a perda de valências nalguns hospitais é consequência dos cortes impostos pela “troika” e que só o CH do Tâmega e Sousa tem uma perda de 2,5 milhões de euros do seu orçamento anual. “Os cortes que estão a ser pedidos confirmam as piores suspeitas sobre o ataque desencadeado ao SNS que o PS tem vindo a denunciar publicamente”, frisou. UA-48111120-1
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Outubro 2016
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