DOURO VERDE: Grande adesão dos empreendedores aos "serões de aldeia" organizados pela Dolmen

– Quarto debate esta quinta-feira em Marco de Canaveses

Os empresários turísticos e empreenderes do Douro Verde, um território que agrupa municípios do Tâmega e Sousa (Amarante, Baião, Marco de Canaveses e parte de Penafiel) e Douro Sul (Resende e Cinfães), têm aderido em grande número aos “Serões de Aldeia” que a Cooperativa Dolmen tem vindo a organizar desde meados de maio. Os investidores nos territórios rurais mostram estar atentos às oportunidades que lhes abre o novo quadro comunitário (até 2020), nomeadamente quanto ao acesso aos financiamentos. 

Aliás, uma garantia deixada no primeiro jantar-debate, pelo presidente da CCDR Norte, Emídio Gomes, é a “discriminação positiva” para os territórios de baixa densidade, estando prometidos concursos abertos apenas a esses territórios, onde naturalmente se encaixa a área do Douro Verde.

A Dolmen, presidida desde há alguns anos por Telmo Pinto e que é o órgão de gestão do ProDer na região, escolheu um empreendimento turístico em cada um dos municípios para realizar os seis serões-debate.

Imagens do encontro-debate de Porto Antigo, em Cinfães.

Imagens do local do jantar-debate desta quinta-feira, em Paredes de Viadores, Marco de Canaveses.

O primeiro teve lugar em Amarante (Quinta de Pousadela, em Olo), o segundo teve como cenário o novo restaurante da Fundação Eça de Queiroz, em Tormes, Baião e o terceiro realizou-se no cenário paradisíaco da albufeira de Carrapatelo, no Hotel de Porto Antigo, Cinfães. 

O quarto encontro tem lugar esta quinta-feira, 19 de junho, em Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, no empreendimento “Feitoria dos Becos” (fotos e link: http://casadosbecos.com , abordando o tema «Agricultura e raças autóctones: A ruralidade resiste alterando-se».

A organização anunciou como convidados-palestrantes Luís Ramos (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), José Rocha Fernandes (DRAPN), Susana Oliveira (Câmara Municipal de Penafiel) e João Gonçalves (Escola Profissional de Agricultura de Marco de Canaveses).

Os quinto e sexto debates realizar-se-ão em Penafiel e Resende, respetivamente a 26 de junho e 03 de julho.


Presidente do Turismo Porto e Norte defende trabalho em rede 
para não se desperdiçarem fundos comunitários



Naquele que foi porventura o jantar-debate mais animado – e também mais participado –, em Porto Antigo, Melchior Moreira elogiou a “parceria” que há alguns anos se estabeleceu entre os privados e o setor público, residindo neste facto o sucesso de procura que o Porto e a Região Norte registaram nos últimos anos.

O presidente da Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte alertou, contudo, para o risco de se repetirem iniciativas dentro da mesma região, organizadas por entidades diferentes, sem acrescentarem qualquer valor.

“Andamos todos a fazer a mesma coisa e não temos dimensão absolutamente nenhuma, pelo que estamos claramente a queimar fundos comunitários e não chegamos a lado nenhum”, afirmou Melchior Moreira. 

Para o líder regional do turismo “é preciso corrigir esta questão da governança” [Ouvir áudio].

“Não podemos estar a falar nesta região, que é a NUT II Norte, só da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa sem a pensar integrada no resto da região e no resto do país. Temos de perceber o caminho que queremos traçar”, frisou.

Foram ainda convidados desta animada sessão Jorge Umbelino, da Escola Superior de Turismo do Estoril, Jorge Eduardo Lopes, diretor do Hotel Porto Antigo e Rosário Machado, responsável da Rota do Românico e porventura o projeto de maior sucesso dos últimos anos na região do Tâmega e Sousa.

A responsável salientou que este produto de “touring cultural”, com 16 anos de existência e há quatro alargado à totalidade do território do Tâmega, Sousa e Douro Sul, constitui “um fator de coesão territorial integrador de diversas dimensões, nomeadamente a económica e a turística”.