O Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode colapsar a curto prazo se não forem encetadas medidas de reestruturação e se o crescimento das despesas dos hospitais, sobretudo em medicamentos, não for estancado rapidamente. Quem o diz é o presidente da administração de um dos maiores hospitais do país. O presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, no Porto, António Ferreira, considera que o crescimento projetado da despesa hospitalar tornará o sistema público de saúde “insustentável” a curto prazo. António Ferreira, presidente do CA do Hospital de S. João, considera os custos dos medicamentos "imorais" O gestor põe ainda o dedo na ferida quanto ao custo dos medicamentos, em galopante subida de preços. Defende que os custos dos medicamentos são “imorais” e que essa escalada tem de ser “combatida”.
António Ferreira, que falava numa entrevista conjunta Antena1/ Diário Económico e cujo excerto foi divulgado pela RTP, acrescentou que “se não forem tomadas medidas urgentes o sistema nacional de saúde pode estar em risco”. As declarações do presidente do CA do Hospital de S. João acontecem numa altura em que ocorrem cada vez mais casos de mortes suspeitas por alegadas falhas no serviço público, nomeadamente com a insuficiência de camas hospitalares de cuidados intensivos. Os dois casos mais mediáticos ocorreram com um jovem de Chaves que teve de ser assistido em Lisboa e com um sexagenário que foi operado num hospital sem cuidados intensivos e que acabou por falecer na sequência da intervenção cirúrgica. Por estes dois casos, o ministro da Saúde foi chamado pelo PS a prestar esclarecimentos na Assembleia da República. UA-48111120-1
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Outubro 2016
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