O Ministério da Saúde garantiu segunda-feira à noite “que não irá encerrar qualquer maternidade no seguimento da portaria" publicada quinta-feira [a 10 de abril] que reclassifica os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e alguns em regime de PPP. O Ministério tutelado por Paulo Macedo respondia ao presidente da Federação Distrital de Bragança do PS, Jorge Gomes, que tinha acusado o Governo de se preparar “para encerrar a única maternidade do nordeste transmontano”, levando à letra o articulado na portaria publicada no Diário da República. "O Ministério da Saúde informa e garante que, no âmbito do diploma em questão, o encerramento da maternidade da Unidade Local de Saúde do nordeste transmontano, ou de qualquer outra maternidade, não se coloca", lê-se no esclarecimento.
É ainda acrescentado que a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) irá "publicar brevemente um conjunto de informação relacionada com a aplicação" da portaria. O Ministério da Saúde diz ainda estar "disponível para prestar todos os esclarecimentos, de forma a evitar interpretações erróneas, geradoras de desinformação e alarme junto das populações". Para que serve a portaria 82/2014? O cumprimento da portaria [ver notícias anteriores] implicaria o encerramento de mais de duas dezenas de maternidades em todo o país, porque obstetrícia e neonatologia deixaram de ser valências dos hospitais do Grupo I, onde estão instaladas as atuais maternidades, e passaram exclusivamente para os hospitais de Grupo II. Segundo a portaria, as maternidades do país limitariam-se-iam aos hospitais sediados em Braga, Coimbra, Évora, Faro, Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Vila Real e Viseu. Pergunta a que ninguém ainda quis responder: se nenhuma valência encerra, se fica tudo na mesma nos hospitais, por que razão o Ministério da Saúde mandou publicar a referida portaria sobre a reforma hospitalar? UA-48111120-1
Os comentários estão fechados.
|
Categorias
Tudo
Arquivo
Outubro 2016
COLUMN WITH BACKGROUND COLOR |