Os deputados do PSD/Porto prometeram reclamar junto do Governo pela integração da variante da EN106, entre Penafiel e Entre-os-Rios, no pacote de obras prioritárias devido à sua importância como via de escoamento de granitos exportáveis através do porto de Leixões. "É a prioridade das prioridades", garantiu em Penafiel, o líder do PSD/Porto, Virgílio Macedo. Os deputados eleitos pelo Porto, que se reuniram em Penafiel com os presidentes da câmara e da assembleia de Penafiel, Alberto Santos e Antonino Sousa respetivamente, além de vereadores do município vizinho de Marco de Canaveses e ainda autarcas das freguesias afetadas pela nova via e responsáveis locais da GNR, comprometeram-se a defender junto do Governo que a referida variante – em tempos enquadrada na concessão IC35, extinta ainda no tempo do governo Sócrates – seja considerada “prioritária”, reflexo da sua importância no desenvolvimento e sustentabilidade da indústria local de extração de granito, que usa o porto de Leixões como local de carga para as exportações de pedra. Virgílio Macedo invocou ainda uma promessa de 2012 do secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Monteiro, que garantira na altura que a obra avançaria ao abrigo do anterior quadro comunitário, o que não veio a suceder. Autarcas e deputados concordaram que a obra, um percurso de 13 quilómetros aproximadamente, deve ser redimensionada relativamente ao projeto inicial, que previa perfil de autoestrada e apontava para um custo superior a 100 milhões de euros. A atual estrada 106 não comporta há mais de dezena e meia de anos o volume de tráfego, muito dele pesado, além de ser preocupante a elevada sinistralidade da via, que atravessa diversos aglomerados urbanos. Esta estrada é há muito considerada uma artéria urbana, longe de constituir uma via estruturante que corresponda às necessidades das indústrias e comércio de ambas as margens do rio Douro. Para citar apenas a indústria extrativa do granito, os deputados referiram que circulam por aquela via cerca de 600 mil toneladas de granito oriundas de Castelo de Paiva destinadas à exportação, mas o volume de pedra produzida na margem direita do Douro, com dois pólos principais em Rio de Moinhos (Penafiel) e Alpendurada (Marco), é de vários milhares de toneladas/ano, o que corresponde a milhares de postos de trabalho e muitas dezenas de empresas. Só Alpendurada registava em 2010 centena e meia de empresas, cerca de três mil postos de trabalho diretos, mais de dois milhões de pedra transformada e um volume de negócios na ordem de 250 milhões de euros. As exportações já nessa altura representavam 750 mil toneladas mas esse número aumentou consideravelmente nos últimos anos devido à crise interna no ramo do imobiliário e construção. No encontro entre deputados e autarcas foi divulgado um estudo da autarquia penafidelense que confirma o elevado tráfego daquele troço regional, estimado em cerca de 10 mil veículos/dia. UA-48111120-1
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Outubro 2016
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