VILA NOVA DE GAIA: Marca Valadares vai voltar ao mercado e recupera 135 postos de trabalho diretos19/9/2014 A "Valadares" vai ser reativada, a partir do próximo ano, num processo gerador de 135 postos de trabalho. Um desfecho feliz, dois anos depois de declarada a insolvência, consubstanciado no protocolo de acordo entre o Município de Gaia, a massa insolvente da Fábrica Cerâmica de Valadares, SA e a ARCH, SA, a nova empresa criada por quatro ex-quadros da antiga fábrica. "Estamos a recuperar uma empresa que era nossa, do concelho, que vale pelo número de trabalhadores que vai readmitir, bem como pelo impacto nas suas vidas", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, valorizando a marca como fator identitário e acrescentando: "Mais do que uma empresa, é uma parte de nós". O presidente da Câmara dedicou-se à recuperação da emblemática fábrica desde o início do ano. "Lutamos por um desfecho feliz, acompanhando a massa falida, o entusiasmo dos que criaram a nova empresa, criando as condições objetivas de desoneração fiscal, de planeamento dos terrenos envolventes, viabilizando os postos de trabalho e valorizando uma marca tão importante para Gaia". Para além do envolvimento direto nas negociações com os credores (Millennium bcp, Finanças, Segurança Social e os antigos trabalhadores da empresa, cujos créditos ascendiam a mais de dez milhões de euros), o Município de Gaia isentou a ARCH do pagamento de taxas e licenças, bem como a La Perla, a marca italiana que já adquiriu parte das instalações da antiga Fábrica Cerâmica de Valadares. A recuperação da unidade industrial insere-se na estratégia de investimento e de criação de emprego do Município de Gaia. Eduardo Vitor Rodrigues recordou, a propósito, o projeto lançado em junho último, intitulado "Via Verde" para o Emprego, ao abrigo do qual o Município de Gaia celebrou nove protocolos para a criação de 600 postos de trabalho, num investimento global de 30 milhões de euros.
"Temos de ser agressivos na captação de investimento. Mas a competitividade deve ser articulada com a qualidade de vida das pessoas", sublinhou o presidente da Câmara, a propósito de dois eixos estratégicos prioritários: demonstrar as vantagens de investir em Gaia, ora pela sua localização privilegiada, ora pela desoneração fiscal e isenção de taxas e licenças. Rui Castro Lima, administrador judicial representante da massa insolvente, fez uma retrospetiva de dois anos de congregação de esforços e realçou a importância deste momento de esperança. "Era necessário aproveitar este processo para criar uma luz ao fundo do túnel para as empresas portuguesas", afirmou aquele responsável, acrescentando: "O que assinamos, hoje, é mais um momento de grande esperança, que demonstra que é possível tentar algo para o nosso futuro". O administrador judicial realçou o apoio e colaboração do presidente da Câmara de Gaia que, na sua opinião, "estendeu a mão no momento certo". O envolvimento de Eduardo Vítor Rodrigues no processo de recuperação da "Valadares" mereceu, também, o agradecimento e elogio de Henrique Barros, administrador da ARCH, que reconheceu o "enorme entusiasmo com que aderiu ao que propusemos fazer, para uma empresa deste nome poder voltar à vida" e considerou: "O presidente da Câmara demonstrou grande preocupação desde o primeiro momento, mostrou enorme sensibilidade e disponibilidade para colocar os serviços camarários à nossa disposição de forma exemplar". O compromisso do Município de Gaia foi motivo de rasgado elogio por parte de Octávio Oliveira, secretário de Estado do Emprego, que realçou todos os esforços realizados para este desfecho feliz. "Com a assinatura deste protocolo, enaltece-se a responsabilidade assumida pela Câmara de Gaia e a importância social que concede à iniciativa privada, ao papel na criação de emprego, consubstanciada nos apoios atribuídos". Dois anos depois de declarada a insolvência, a "Valadares" vai continuar a ser uma das marcas emblemáticas de Gaia e do país. (Info e imagem/CM VNG + Maps/Image: Google e Apple) UA-48111120-1
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