Apesar da pequena vitória sobre Bruxelas na questão de fundos para a realização de alguns projetos rodoviários considerados essenciais para o desenvolvimento da região, em particular a conclusão do IC35/Variante à EN106, que beneficia o sul do concelho, a muito prometida ligação ao Marco de Canaveses que permitiria um acesso direto à autoestrada A4 ficou fora da equação. “A ligação à A4 é uma conversa com mais de 30 anos e fica de fora, primeiro, por falta de vontade política e em segundo, porque nos faltou aqui uma discussão séria sobre aquilo que era exequível. Sonhou-se demasiado alto, em coisas abismais de elevado custo que associados à falta de vontade política fez com que, até hoje, nada fosse feito”, apontou o autarca. ‘‘ANMP não defende interesses de pequenos municípios do interior’’, acusa o presidente de Cinfães19/8/2014
O presidente da Câmara Municipal de Cinfães defende que os autarcas do interior do país devem reunir-se para iniciar a discussão de um plano estratégico do qual deve resultar um pacote de medidas a serem apresentadas ao governo que resultar das legislativas de 2015 e lançou um desafio às Comunidades Intermunicipais, autarcas e instituições para que assumam o papel de interlocutores em defesa dos interesses do interior. Em entrevista, Armando Mourisco (PS) disse que a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) não tem defendido os interesses do interior porque é “dominada pelo poder das grandes cidades do litoral” e assumiu que é preferível criar um novo organismo que melhor represente as suas necessidades. “Por isso acredito que não deveria ser a ANMP a ter esse papel porque não tem defendido os interesses destes municípios. O que acho importante é que, em vez de estarmos a apresentar medidas soltas, nos reunamos, com uma agenda, para discutir um pacote de medidas particulares para o interior do país”, sublinhou. Entrevistado por PAULO A. TEIXEIRA paulo.teixeira@maisnorte.pt A Universidade do Minho, com pólos em Braga e Guimarães, tem 19 mil alunos e 1100 professores, mas projeta crescer até aos 25 mil em 2020, com a entrada de alunos estrangeiros...Em entrevista à revista Mais Norte, o Reitor António Cunha, diz que a instituição é das melhores a cooperar com as empresas, mas, insatisfeito, diz que é preciso mais! Adianta que a UMinho colabora com congéneres nos Estados Unidos, Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Timor-Leste, mas singulariza a cooperação com as universidades da Galiza, reunidas na Fundação SER. Sobre as finanças da instituição, diz que o Governo tem legitimidade para propôr um quadro financeiro para o ensino superior, mas não esconde o seu mal-estar no que toca a flutuações, erros e incumprimentos que dificultam a gestão. Em termos de praxes, acredita que os alunos saberão respeitar as regras, evitando ações no campus que prejudiquem aulas e investigação. Entrevistado por LUÍS MOREIRA luis.moreira@maisnorte.pt O que falta fazer em Vila do Conde? “Tem que se criar emprego. É uma questão fulcral. É a solução para todos os problemas de âmbito social”, responde, sem quaisquer hesitações, a presidente da Câmara Municipal vila-condense, Elisa Ferraz. A tarefa desta mulher não é fácil: sucedeu a um peso-pesado do poder local, Mário Almeida, que esteve 32 anos aos comandos daquela autarquia. Mas por outro lado, Eli- sa Ferraz conta com a experiência acumulada durante os quatro mandatos consecutivos em que foi a vereadora responsável pelas questões sociais em Vila do Conde. A Mais Norte entrevistou-a no seu gabinete, na Câmara local, que, note-se, não é o do seu antecessor. Por ANTÓNIO MOURA antonio.moura@maisnorte.pt Elisa Ferraz movimenta-se num universo masculino. É a única mulher presidente de uma câmara na área metro- politana do Porto, que é constituída por 17 municípios. Nada, porém, que lhe mereça grandes comentários. “Nem me desagrada nem estranho”, afirma simplesmente. Acrescenta que há hoje mais mulheres nos executivos municipais do que no passado. “Quando eu entrei, há 16 anos, era uma raridade. Hoje não, hoje verifica-se que há mais mulheres nas pastas da Educação, da Cultura, da Ação Social” – que eram, aliás, as áreas por si tuteladas antes de ser eleita presidente, em setembro de 2013. Insistimos e perguntamos-lhe se tem uma explicação para o facto de haver tão poucas presidentes de câmara. “Não tenho grande resposta”. Logo depois, contudo, aponta uma possível causa para tal realidade. “A exigência do cargo em relação a horários é muito grande”. Mas em sua opinião, por outro lado, “cada vez mais, os cargos deixam de ter essa conotação masculino-feminino”. O que a levou a candidatar-se à presidência da Câmara de Vila do Conde? “Foi um grande desafio que, cons- cientemente e com tranquilidade, aceitei, pelo traquejo que os meus 16 anos, os meus quatro mandatos me da- vam relativamente a estas funções, que são exigentes, mas para as quais me sentia preparada precisamente por essa experiência que fui cimentando”, explica Elisa Ferraz. Suceder a um autarca como Mário Almeida foi “uma responsabilidade muito grande”. Diz que pensou “muitas vezes” quando lhe falaram nisso e a desafiaram para tal. Insiste que se tratou de “uma responsabilidade enorme suceder a um homem de um carisma extraordinário, que marcou este município e inclusivamente o trabalho autárquico, até pelo cargo que desempenhou na ANMP (Mário Almeida presidiu à Associação Nacional de Municípios Portugueses, entre 1990 e 2002). Um autarca de grande gabarito, reconhecido por todo o país. É lógico que não foi uma decisão fácil da minha parte”. Sem surpresa, admite que continua a conversar “muito” com ele. “O engenheiro Mário de Almeida é o presidente da Assembleia Municipal, é uma pessoa muito experiente e ouço-o sempre com muita atenção”. Contudo, garante, “não há cordão umbilical, de modo algum”. O Regia Douro Park (RDP), em construção em Vila Real, junto à A24 e que integra o Parque de Ciência e Tecnologia de Trás-os-Montes e Alto Douro, deverá ficar concluído “em meados de 2015”, anunciou hoje o Município de Vila Real na sua página oficial. “Este Parque de Ciência e Tecnologia, promovido pelo Município de Vila Real e pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) terá múltiplas valências de suporte a empreendedores e aos seus projetos de negócio, apoio a empresários e à sua instalação empresarial e apoio à investigação, desenvolvimento e transferência de tecnologia nas áreas agroalimentar, agroindustrial, enologia, vitivinicultura e economia verde” refere a nota da autarquia. O Parque de Ciência e Tecnologia de Trás-os-Montes e Alto Douro é uma iniciativa comum de cinco parceiros estratégicos: PortusPark, Câmara Municipal de Bragança, Câmara Municipal de Vila Real, Instituto Politécnico de Bragança e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. PORTO DE LEIXÕES: Novo porto de pesca vai ter cinco molhes e capacidade para 100 embarcações11/8/2014
Paquetes, traineiras e contentores vão ser vizinhos na zona sul do porto de Leixões. A futura coabitação resultará do projeto da APDL para a criação de um novo terminal de contentores “junto ao porto de pesca” e não muito longe do novo terminal de passageiros. “Conseguimos criar aí 750 metros de acostagem com fundos a menos 14 metros, o que nos dá dois a três postos de acostagem para os navios maiores, com a vantagem de ficar logo à entrada do porto”, afirma Brogueira Dias, asseverando que os pescadores podem estar sossegados. “O nosso projeto para o porto de pesca foi ver se havia solução para ele. E ele vai ser totalmente reformulado. Tem três molhes e nós vamos construir cinco. Estão registadas cerca de 80 embarcações de pesca e no estudo que fizemos garantimos 100 postos de acostagem”, afirma o mesmo responsável. “A nível mundial toda a gente nos puxa as orelhas porque os portos de pesca estão a definhar, mas achamos que era o mínimo que poderíamos fazer e as condições serão todas também renovadas”, preservando também a “ligação umbilical” com Matosinhos. Nova marina para iates oceânicos Leixões vai ter um segundo porto de recreio. “É um subaproveitamento do novo terminal de cruzeiros, cujo cais deixa por dentro uma meia-lua sem nenhuma utilidade”, explica Brogueira Dias. “Há um setor de iates oceânicos, que passam ao largo e vão de Baiona (Galiza) para o sul. Quando muito param em Lisboa pontualmente. Há pouca oferta nesta frente atlântica e a intenção é criar aqui um polo mais virado para navegação oceânica de iates já com alguma dimensão. Já tem as infraestruturas todas. Falta arranjar o parceiro para a sua exploração”, que será escolhido através de um concurso que a APDL tenciona lançar em 2015. Na margem norte do porto, recorde-se, existe já uma pequena marina local. É utilizada por quatro clubes e serve ainda de “garagem” para alguns velejadores. |
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